Deitei a cabeça em cima da fotografia
deitei a cabeça em cima da fotografia
e com a respiração despertei teu corpo
do sítio penumbroso onde viveras
o tempo não se gastou
passei estes anos a colocar as coisas
nos seus devidos lugares
ainda ouço
a voz outonal das palmeiras e o murmúrio
do vento cercando a casa protegida pelo bolor
era uma pequena ilha dizias
onde os ruídos duma vida anterior a esta
dormitavam ainda
e com a respiração despertei teu corpo
do sítio penumbroso onde viveras
o tempo não se gastou
passei estes anos a colocar as coisas
nos seus devidos lugares
ainda ouço
a voz outonal das palmeiras e o murmúrio
do vento cercando a casa protegida pelo bolor
era uma pequena ilha dizias
onde os ruídos duma vida anterior a esta
dormitavam ainda
agora está tudo arrumado
agito-me em volta das coisas
mas nada posso corrigir
o que está feito está feito
agito-me em volta das coisas
mas nada posso corrigir
o que está feito está feito
levanto-me daqui e corro para o telefone
tento saber se estás onde penso existir
uma cidade... ninguém responde
tento saber se estás onde penso existir
uma cidade... ninguém responde
onde estarás?
deste ou do outro lado do telefone?
um puto irrompe da insónia
deitando-me a língua de fora
deste ou do outro lado do telefone?
um puto irrompe da insónia
deitando-me a língua de fora
de qualquer maneira não consegui a ligação
Al Berto
Sem comentários:
Enviar um comentário